Relatório dos
Andarilhos do Riso também é cultura, por isso, olha só o que a gente aprendeu no
domingo, 15 de maio de 2016:
Era uma vez um
poeta, jurista e teólogo senegalês que se chamava Ahmadou Bamba. Ele pregava a paz entre as religiões e, por não
concordar com o domínio francês sobre sua região, foi exilado por muitos anos.
Peregrinou, fazendo o bem por onde passava e sua fama só fez crescer entre seus
amigos e admiradores. Hoje, seu nome está ligado à maior mesquita da cidade de
Touba, no Senegal, a maior construção da cidade e uma das maiores mesquitas da
África.
Foi em homenagem a
essa linda história que a Dona Conceição e seu marido decidiram batizar seu
filho de Ahmadou Bamba, belo rapaz estudante de História que conhecemos no
domingo. Agradecemos ao Ahmadou por compartilhar seus conhecimentos e receber
os Andarilhos com tanta simpatia.
E, por falar em
simpatia, pense num homem simpático: seu Antônio Otílio! Ele abriu um sorrisão
antes mesmo da gente chegar pertinho lá de onde ele estava, na UTI cirúrgica.
As acompanhantes dele explicaram que aquele riso todo era alegria por,
finalmente, ser visitado por palhaças! No domingo anterior, quem visitou seu
Antônio foram dois palhaços e ele pensou que a turma era formada só por hômis.
Né, não, seu Antônio! Os Andarilhos é um grupo democrático: tem hômi, mulé e
tem até franguinha de borracha e sapinha de feltro! Todos são bem-vindos!
Continuamos nossa
caminhada e, na UTI coronariana, aprendemos mais uma lição: foi sobre “estado
civil”. É que, quando alguém pergunta qual seu estado civil, você pode
responder “casado(a)”, “solteiro(a)”, “divorciado(a)” ou DEDINHOS. Isso mesmo
que você leu: dedinhos – que é uma mistura de amor e amizade, pelo que entendi...
Vou explicar melhor:
a Eliana, paciente, estava recebendo a visita do José Carlos e, quando Pierre
perguntou o que ele era dela, ela respondeu:
https://www.youtube.com/watch?v=Kao1yV7tI2k
Eu desejo que todo mundo encontre um dedinho para
colar com o seu!!!
E vamos seguindo o
relato da nossa última visita: conhecemos o Luís César e a Dona Norma, casal
simpático e brincalhão. Ela dizia que a coisa mais difícil do mundo era tirar o
marido de casa. “Vamos para o show da Maria Betânia?”, “Não”, ele respondia.
“Vamos ao teatro?”, “Não”, ele dizia. De tal forma que, para poder dar uns
rolés culturais, a Dona Norma tinha que chamar as amigas. Perguntamos para o
seu Luís se era assim mesmo ou se a Dona Norma era quem estava pegando no pé.
Ele respondeu que, desde que tinha se aposentado, a coisa que ele mais queria
no mundo era voltar a trabalhar, porque a Norma só sabia pegar no pé dele. Os
dois riram muito. Dava para notar que eram muito amigos, além de ser um casal
adorável. Sabe que as piadas da Dona Norma eram tão boas que a convidamos para
ser uma Andarilha do Ris? Aí ela contou que também fazia visitas em hospitais,
como contadora de histórias. Super bacana, não?!
Alguns contam
histórias, outros, tentam cantar. Foi o caso da Dra Rapunzel que arriscou uma
cantoria para alegrar os pacientes mas que, de acordo com um deles, o Valdeci,
não deu muito certo. Longe de mim fazer fuxico, mas a frase exata foi:
“Rapunzel, como cantora você é uma ótima médica”.
A Dona Emília e a irmã dela sentiram falta da dupla Rapadura & Farinha. Rapadura nós já conhecíamos, mas “Farinha” era novidade. Depois, explicaram que esse era o nome de doutora que a Emília tinha escolhido para uma das doutoras estagiárias. Era para formar uma dupla bem nordestina: afinal, que nordestino não gosta de uma boa rapadura e uma farinha bem tostada, no grau? Eu adoro! Fica a dica, então, do nome!
Encerro este
relatório com a história da Dona Divina: ela fez a cirurgia, ficou sabendo que
o certificado de garantia era de 100 anos e disse que iria aproveitar esse
tempo para viajar para um montão de lugares: Veneza, Cancun e, nos EUA, ela
disse que iria até se aventurar numa montanha-russa da Disney! Alguém duvida?
Eu não!
Neste último
domingo, tivemos o prazer de visitar: 08 amigos na UTI Cirúrgica; 09 amiguinhos
na UTI Cardiopediátrica; 10 companheiros, na UTI Coronariana; e 51 camaradas na
enfermaria.
Doutores: Rapunzel,
Berinjela, Pierre, Sensação e Fuxico e os bravos aspiras: Ana Maria, Gabriel, Juliana e
Paulo.
Dra. Fuxico