Visita do dia 30.08.09

Ê alegria... Mais um domingo divertido, com muitas gargalhadas e uma pitadinha de insanidade (que não faz mal a ninguém né?!)Atendemos 50 pacientes, sendo 4 na UTI coronária, 6 na UTI Infantil, 6 na UTI Cirúrgica e 34 na enfermaria.
Começamos os atendimentos pela UTI Coronariana. Ao som uma música tocada pelo Dr. Rapadura, o nosso primeiro atendimento foi para a Dna. Nadir, de 96 anos. Ela estava acompanhada de seus dois bisnetos, e com muita simpatia nos recebeu em seu leito. Ela disse que estava afim de dar um passeio com Jesus, que já estava dando muito trabalho, mas acho que conseguimos convencê-la de que os bisnetos dela davam muito mais trabalho que ela.

Passando para outro quarto, era a vez do Sr. João receber a nossa cantoria. O Dr. Bê, animado para mostrar os seus dotes musicais, acabou trocando o álcool pelo sabão. Mas tenho certeza que essa atitude foi milimétricamente pensada para ver se todo mundo estava mesmo prestando atenção. A Sra. Esposa do Sr. João ficou um pouco desconfiada ao ver um monte de doutores pintados. Porém, quando começamos a cantar ela ficou num ânimo só. Mas, talvez por causa da gripe ela não quis pegar na mão de ninguém.

Na UTI Infantil, o Dr. Amnésia expôs seu lado “Don Ruan” e arriscou a fazer um “luau” para as enfermeiras. Mas acho que não obteve muito sucesso e acabou desistindo. Quem faz sucesso mesmo entre elas é o Dr. Bê. Todas as enfermeiras sabiam quem ele é. (Acho que o Dr. Bê têm feito plantões extras no hospital). Outra coisa muito estranha: todas as crianças estavam dormindo. Até tentamos ver se alguma despertava, mas desconfiamos que as enfermeiras deram sonífero para elas.

O destaque na UTI Cirúrgica vai para o Sr. Paciente que se agradou com a música tocada em ritmos diferentes. De início ele achou estranhas àquelas músicas com sonoridades diferentes, mas depois se adaptou e acabou grato pelo show.

E na enfermaria é que a festa foi completa!!

Dna. 25 de março estava radiante porque seu esposo estava se despedindo do hospital. Porém, depois que a Dra Mussarela fez o teste de esforço com ele, e ele não conseguiu deixar a varinha em pé, creio que Dna. 25 de março ficou um pouco receosa. Mas como o amor suporta tudo... Mas eu acho que o Sr. Paulino, que também estava se despedindo do IC-DF, não suportou guardar o sentimento só pra ele, não perdeu a oportunidade e se declarou para a Dra Pirueta. Foi tão romântico!! Quem sabe nós, Andarilhos, não tenhamos criado um futuro casal? Tenho certeza que a Dra está dando cambalhotas de alegria até agora.

E a Dna Luzia, que falou pra gente sobre uma CIA que ela teve! A gente achou que ela tivesse comprado uma loja todinha só pra ela. Lendo engano. Ela explicou que não quer nem passar na frente dessa loja pra não ficar ouvindo as pessoas oferecerem o cartão pra ela (vai ver que o probleminha que ela teve foi com a fatura do cartão né?!). Outro destaque foi para o Dr. Rapadura que trocou um papão com um paciente que nasceu em Barreiras, na Bahia, mas se casou na cidade onde o Dr. nasceu, em Ijuí, no Rio Grande do Sul. Eita que a saudade deve ter batido...

Durante o expediente a gente presenciou uma quadrilha de smurffets (digo, pacientes) conversando no meio do corredor. Estavam tão empolgados que nem perceberam a gente por perto. Deviam estar premeditando algum ato.
Gente, não eram só os pacientes que estavam disfarçados. Em nossas andanças pelos quartos, encontramos uma “professora” que finge ser professora. Como isso é possível?? Nem a ciência explica!

Ahh... estou desconfiada que essas rondas extras no hospital são coisas de família. A Dra Smith também foi reconhecida por um gaúcho. De onde será? Ela disse que não sabe!! Isso é sinistro. Muito sinistro!

Durante nosso atendimento estiveram presentes: Dr. Bê, Dra Smith, Dr. Amnésia, Dra. Maria Mole, Dra. Siriguela, Dra. Mussarela, Dra. Pirueta, Dr. Rapadura e eu que vos escrevo, Dra Nana.

Então é isso.

Bjoks a todos,
Tudo de excelente,
Até o próximo domingo, no mesmo bat-local e bat-horário.

Dra. Nana

:B